APEduC Revista - Investigação e Práticas em Educação em Ciências, Matemática e Tecnologia

EDITORIAL

J. Bernardino Lopes — 2024-11-27

n.a.

O SIGNIFICADO DADO AO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Luis Gustavo Rodrigues Pinhas — 2024-11-27

A falta de laboratórios de ciências nas escolas de ensino básico, agravada pela pandemia, motivou esta pesquisa. Utilizando periódicos CAPES e o repositório SUCUPIRA, foram revisados oito trabalhos (quatro artigos, três dissertações e uma tese). Os pesquisadores, em sua maioria, adotaram abordagens qualitativas, como questionários envolvendo alunos, professores e gestores. As conclusões convergem em três pontos: a necessidade de formação contínua para professores, a escassez de recursos para experimentação adequada e o reconhecimento dos benefícios do ambiente e da experimentação no ensino contemporâneo. Esses resultados ressaltam a importância de investimentos na infraestrutura educacional, bem como na formação e suporte contínuos aos professores, para melhorar a qualidade do ensino de ciências nas escolas de educação básica.

REFERÊNCIA A MULHERES CIENTISTAS – UMA ANÁLISE AOS MANUAIS ESCOLARES DA DISCIPLINA DE FÍSICO-QUÍMICA DO 7º ANO DO ENSINO BÁSICO

Sofia Cardim — 2024-11-27

A escola exerce um papel fundamental na construção da identidade profissional das jovens estudantes relativamente às áreas STEM. Assumindo por base a questão de investigação “Existe sub-representação das mulheres nos manuais escolares da disciplina de Físico-Química do 7º ano?”, a presente investigação tem como objetivo analisar a menção a mulheres e cientistas mulheres nos manuais de Físico-Química do 7º ano do ensino básico, tratando-se de estudo exploratório da fase inicial de uma investigação de maior dimensão. Foram analisados dois manuais disponibilizados pelas editoras, no ano letivo 23/24, seguindo uma metodologia quantitativa, recorrendo à técnica de análise de conteúdo e análise estatística descritiva. Os resultados evidenciam uma total ausência da menção a cientistas mulheres nos manuais analisados, bem como uma sub-representação na maioria das categorias de análise consideradas.

O USO DE RECURSOS DIGITAIS NA APRENDIZAGEM DA FOTOSSÍNTESE

Félix Vaile — 2024-11-27

A fotossíntese constitui um tema central na educação científica. No entanto os alunos têm dificuldades na sua compreensão pelo que é importante optar por atividades diferenciadoras, sobretudo em contextos com menor acesso a recursos laboratoriais. Neste estudo descreve-se a revisão deste tema a partir do visionamento de vídeos e discute-se o seu efeito ao nível das aprendizagens de 19 alunos de duas turmas da 10ª classe de um liceu público localizado no município da Humpata (Angola). A discussão sustenta-se na análise de documentos produzidos quer pelos alunos, quer pelos professores implicados. Dos resultados emerge a perceção de que a observação dos vídeos permitiu compreender melhor o processo fotossintético. A inclusão da dimensão visual contribuiu para reduzir algumas dificuldades de aprendizagem e potenciar o interesse dos alunos para esta tema da Biologia. Conclui-se que os vídeos podem funcionar como uma alternativa satisfatória relativamente à falta de outro tipo de material laboratorial.

DESAFIO DA ÁGUA

Bento Cavadas — 2024-11-27

Este relato de prática explica o processo de criação de um jogo, designado Desafio da água, por estudantes em formação inicial de professores, em colaboração com os docentes das didáticas específicas. Foi concebido para ser aplicado no 2.ºCEB através de uma abordagem interdisciplinar entre a Matemática e as Ciências Naturais. Após um processo inicial de brainstorming, os materiais e as regras do jogo foram criados. Posteriormente, foi implementado em turmas do 2.ºCEB. Aplicou-se um inquérito aos alunos sobre as perceções quanto à sua interação com o jogo e as aprendizagens proporcionadas, cujos resultados, cruzados com as reflexões dos autores do jogo, foram usados para melhorar e criar a versão final. O envolvimento das futuras professoras no processo de criação do jogo favoreceu a sua compreensão sobre a abordagem de gamificação e o modo como podem mobilizar conexões entre as ciências e a matemática para explorar a sustentabilidade da água.

CONHECER E VALORIZAR A BIODIVERSIDADE VEGETAL NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES

Sílvia Ferreira — 2024-11-27

O estudo da biodiversidade e, em especial, da biodiversidade vegetal, deve ser promovido no ensino das ciências nos diferentes níveis de escolaridade, contribuindo para a consecução do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15 (vida terrestre). De modo a conhecer e valorizar a biodiversidade vegetal e a reduzir a indiferença às plantas de estudantes do ensino superior que serão futuros professores e educadores, apresenta-se um projeto realizado no âmbito de uma unidade curricular da Licenciatura em Educação Básica do Instituto Politécnico de Setúbal, denominado “Conhecer e divulgar a biodiversidade do campus”. Considera-se que esta estratégia educativa, devidamente adaptada, apresenta diversas potencialidades e desafios em diferentes contextos educativos, considerando a perspetiva dos estudantes, futuros professores.

O USO DA WEBQUEST E O ENSINO DE POLIEDROS

Francisco Jucivanio Felix de Sousa — 2024-11-27

Neste estudo, compartilha-se a experiência dos autores, estudantes da disciplina de Informática Aplicada ao Ensino de Matemática (IAEM) do curso de Licenciatura em Matemática em uma instituição de ensino superior, localizada na região metropolitana de Fortaleza/CE, ao desenvolverem e implementarem uma WebQuest sobre Poliedros. Essa atividade ocorreu durante as aulas realizadas na turma do 2º ano do ensino médio, na escola Liceu Professor Francisco Oscar, em Maracanaú/CE. O principal objetivo dessa proposta foi integrar as tecnologias da informação ao ensino de conceitos matemáticos, proporcionando uma abordagem dinâmica e interativa. Além disso, destaca-se a busca por envolver os alunos de maneira efetiva em um ambiente virtual e prático, com o intuito de contribuir para o entendimento dos Poliedros. A atividade proporcionou aos alunos uma compreensão mais clara e prática dos conceitos matemáticos abordados, e ocorreu uma participação ativa dos discentes, que mostraram-se envolvidos na construção das atividades propostas.

INTERDISCIPLINARIDADE E TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Letícia de Castro Viana — 2024-11-27

Neste artigo foi realizada uma análise sobre a maneira que a interdisciplinaridade presente nos Materiais Autorais Digitais Educacionais (MADEs) desenvolvidos por professores em formação inicial contribuem para a transformação da prática docente. Foi realizada uma pesquisa de aspecto qualitativo de caráter descritivo dos MADEs desenvolvidos durante o percurso do componente curricular Tecnodocência, ofertado nos cursos de Licenciatura de uma Instituição Pública de Ensino Superior. Foram descritos dois MADEs produzidos em formato de livro-jogo(LJ) intitulados Culinária e Labirinto - Cuida na fuga, desenvolvidos no ano de 2023, por duas equipes interdisciplinares. A pesquisa foi dividida em três etapas: planejamento, coleta e análise de dados. Foi possível concluir que os MADEs analisados promoveram aprendizagens mútuas por meio da interação e da integração de diferentes disciplinas e profissionais no desenvolvimento de um único produto. No entanto, ainda existe a necessidade de aprimoramentos, nos aspectos da interdisciplinaridade e na estrutura do design do LJ.

UM ESTUDO COM ALUNOS DE 9º ANO SOBRE ENVOLVIMENTO E PRÁTICAS EPISTÉMICAS RECORRENDO A SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS

Carla Márcia Vilela Alves — 2024-11-27

Neste trabalho, pretende-se identificar e descrever as características das práticas epistémicas dos alunos e do seu envolvimento produtivo, durante o uso de simulações computacionais (SC). O estudo foi realizado com 140 alunos de nono ano de escolaridade em aulas de física e química com a utilização de SC. Foi feito o acompanhamento através de uma ficha experimental semiaberta. Os resultados permitem compreender como os alunos se envolvem produtivamente e as principais práticas epistémicas (PE) que emergem desta implementação. Verificou-se que apareceram PE de elevado nível, como Questionar conceptualmente, Conceptualizar, Manusear conceptualmente, avaliar criticamente, comunicar autonomamente, etc. O uso das SC no ensino das Ciências é uma mais-valia para explorar conteúdos que exigem uma abstração maior permitindo que os alunos se envolvam autonomamente e aprendam mais e melhor.

USO DO CHATGPT NO PLANEAMENTO DO ENSINO DE QUIMICA – POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA IA PARA A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

José Luís Araújo — 2024-11-27

A mesa redonda explorou o potencial do ChatGPT para revolucionar o ensino da química. Embora a IA se tenha mostrado promissora na geração de protocolos laboratoriais personalizados, os participantes também destacaram vários desafios, incluindo o risco de imprecisões científicas e a necessidade de supervisão dos professores. A discussão enfatizou a importância da formação de professores para integrar eficazmente a IA nas salas de aula e a evolução do papel dos professores na facilitação da aprendizagem dos alunos. Destacaram-se os desafios significativos da integração da IA na educação, incluindo a resistência dos professores devido à carga de trabalho e à falta de formação. Embora os alunos possam estar ansiosos por adotar novas tecnologias, foram levantadas preocupações sobre as suas capacidades na utilização de IA. O futuro da IA na educação foi concebido como uma experiência de aprendizagem personalizada, mas também foram enfatizadas as considerações éticas e o potencial de utilização indevida.

SUGESTÃO DE INTEGRAÇÃO DO RECURSO DIDÁTICO “MOTION MAPPER”

Emanuel Reis — 2024-11-27

LOBO 77, UM JOGO DE TABULEIRO PARA TRABALHAR O CÁLCULO MENTAL O QUE CONSIDERAR AO LEVÁ-LO PARA A SALA DE AULA?

Andrea de la Fuente Silva — 2024-11-27

No tiene resumen.

KIT ELETRÓNICO ECOBUILD

Teresa Maldonado Sousa Conceição — 2024-11-27

O Kit Eletrónico EcoBuild é um recurso didático para medir a condutividade térmica (k) de amostras de materiais de construção. Como o setor da construção é um dos maiores consumidores de energia e emissores de CO₂, o kit pretende que os alunos explorem, na prática, a influência da seleção de materiais com diferentes valores de k na eficiência energética de edifícios e, consequentemente, nas alterações climáticas. O kit inclui uma caixa de madeira isolada, amostras, termopares ligados às superfícies das amostras, uma fonte de calor e um dispositivo de aquisição de dados. Os alunos observam e registam, em tempo real, numa folha de cálculo, as diferenças de temperatura entre as superfícies das amostras e determinam k. Os valores de k são analisados em relação ao seu impacto nas necessidades de controlo das condições térmicas no interior de edifícios e o seu contributo para o desenvolvimento sustentável.

TEM A PALAVRA… MÓNICA BAPTISTA

Mónica Baptista — 2024-11-27

TEM A PALAVRA… LÚCIA POMBO

Lúcia Pombo — 2024-11-27

Estamos na segunda geração dos Projetos Edu. Era inevitável que, após o EduPARK, outro projeto lhe seguisse, dado o seu sucesso ao nível da inovação em Educação. Muitos são os elementos que, combinados entre si, conferem peculiaridade ao pioneiro EduPARK, tornando-o atrativo e inovador. A solução consubstancia-se numa aplicação para dispositivos móveis com jogos educativos com realidade aumentada para ser explorada em contextos outdoor num parque citadino que é usado como laboratório vivo de aprendizagem contextualizada. Esta abordagem pode ser efetivada em diversos contextos de aprendizagem, podendo ser formal, não-formal ou mesmo informal.

TEM A PALAVRA… RAQUEL BRANQUINHO

Raquel Branquinho — 2024-11-27

TEM A PALAVRA… JUAN MIGUEL BELMONTE GÓMEZ

Juan Miguel Belmonte Gómez — 2024-11-27

Es un recordatorio de Guy Brousseau de un profesor de Didáctica de las Matemáticas de Juan Miguel Belmonte